Ricardo Caldeira
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“Pedra miúda”, por Ricardo Caldeira de Souza @ricardocaldeira_
Ricardo Caldeira é artista visual, tem 33 anos, residente em São Sebastião-DF. Estudou Teoria, Crítica e História da Arte (UnB). Suas obras abordam a interação desenho, dança e consciência corporal. Desde 2010, desenvolve projetos voltados à valorização da arte negra e periférica. É criador do ateliê aberto Desenhandanças, projeto onde compartilha princípios do seu processo criativo como uma preparação corporal para o fazer artístico. É ganhador do Prêmio Cultura LBGTQIA+, pela Secretaria de Cultura do DF em 2021.
Sobre a obra: “Pedra miúda” (Carvão e tinta de cinzas da floresta / 297mmx420mm Canson 300g/m²)
“Foi muito interessante perceber a textura das cinzas e a sua transformação em tintura a partir do contato com o aglutinante. Me conectar com o processo de produção do material me faz pensar de onde vêm as matérias-primas que utilizo. Até uma tinta chegar a mim, o que foi transformado ou destruído?
Não segui completamente as instruções para produção da tinta porque quis deixar o aspecto orgânico das cinzas no papel, achei mais interessante do que se fosse uma tinta homogênea. Foi instigante pensar que a cada pincelada eu poderia ter um resultado inesperado e que estaria totalmente conectado ao gesto e escolha que eu fizesse.
Num sentido simbólico da experiência, é angustiante saber que você está manuseando as ruínas de um ecossistema. Porém, é positivo pensar que a minha expressão artística é uma voz que se une ao coro desta denúncia.” (Ricardo Caldeira de Souza)
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