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“Interior Faroeste Paulista”, por Maria Eduarda dos Santos @ma.du.s
Do interior faroeste paulista, de uma cidade onde se encontram três rios: o rio Paranapanema, o rio Novo e o rio Pardo. As águas sempre tiveram muito significado para ela, nascida e crescida no encontro das águas. Desde muito nova pintava e desenhava em panos de pratos, tábuas e paredes. Com o tempo foi passando para telas e hoje faz pinturas a óleo, às vezes a terra e a sangue menstrual. Também faz artes de denúncias contra o retrocesso que vivemos no Brasil. Atualmente está se graduando em filosofia na Universidade do Estado do Norte do Paraná (UENP).
Sobre a obra: “Interior Faroeste Paulista” (Tinta com cinzas de florestas queimadas / Tela 50x70)
“Triste. Pintar com as cinzas das florestas é pintar com os seres que foram queimados vivos, é pintar com a dor que nós causamos através das queimadas, através do modo de vida que levamos e através do modo como nos alimentamos. Na pintura retratei a bacia do rio Paranapanema, especialmente a região onde moro, na divisão do estado de Paraná e São Paulo. Aqui a monocultura prevalece, aviões de veneno passam sem limites intimidando moradores rurais. A intenção de participar deste projeto é apoiar os brigadistas, apoiar todes artivistas, principalmente do interior que não se intimidam em expor e denunciar através da arte o retrocesso que estamos vivendo. Retrocesso este que vem da colonialidade que infelizmente ainda impera no Brasil.” (Maria Eduarda dos Santos)
