Denilson Baniwa
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“Mata Atlântica“, por Denilson Baniwa @denilsonbaniwa
Denilson Baniwa é indígena do povo Baniwa, atualmente, vive e trabalha em Niterói, no Rio de Janeiro. Esteve em exposições no CCBB, Pinacoteca de São Paulo, CCSP, Museu Afro Brasil, MAM, MASP, MAR e Bienal de Sidney. Além de artista visual, Denilson é também publicitário, articulador de cultura digital e hackeamento, contribuindo para construção de uma imagética indígena em diversos meios. Em 2019 venceu o Prêmio Pipa na categoria online e em 2021 foi um dos vencedores indicados pelo júri.
Sobre a obra: “Mata Atlântica“ ( cinzas, aquarela e nanquim / papel hahnemuhle 120g tamanho A3)
"Quando recebi o convite para participar deste projeto utilizando essas ruínas dos biomas brasileiros causados pelo avanço de violências nesses lugares, pintar com as cinzas com restos de uma floresta, fiquei bem intrigado de como poderia responder a esse convite, de como pensar um trabalho que tem uma parte da floresta dentro do trabalho e que da minha parte e de muitos indígenas, existe a esperança de que juntos podemos frear ou acabar com esses incêndios, com avanço do agronegócio e violência sob esses biomas. Eu pensei como se renovam as coisas mesmo depois da tragédia, como as flores brotam, como as arvores e sementem brotam, como animais se reintegram dentro de onde é possível, então pensei em pintar uma polinização feita por esses animais invisíveis, como uma metáfora de como juntos podem replantar uma floresta, de como podemos reconstruir. Claro, sempre ligados no combate a todo processo colonial que destrói o meio ambiente. A pintura que eu fiz foi a partir da pesquisa de referências da cosmologia do meu povo e de referências de ilustrações botânicas sobre polinização e esses animais que carregam sementes para vários lugares da floresta e conseguem manter vivo esse grande organismo." (Denilson Baniwa)